Flávio Dino (foto) não baixa a guarda. Quando não está dando entrevistas ou em eventos públicos, o ministro da Justiça dá um jeito de mandar seus recados via redes sociais. Na noite desta terça-feira (19), foi ao seu perfil no X, ex-Twitter, dizer que tem “recebido uma onda desvairada de ataques, desde agressões vis até a já conhecida indústria de fake news”.

“Claro que mantenho a serenidade e a firmeza, como sempre. Além dos xingamentos habituais, chegaram a duvidar se eu tenho conhecimento jurídico. Porém o ataque mais extravagante é me denunciar por ‘crime de guerra’, no Tribunal Penal Internacional. Quer dizer que admitem que no dia 8 de janeiro os vândalos estavam em guerra? Contra quem? Contra o Brasil?”, provocou o ministro, especulado nos últimos dias para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF).

Essa foi a resposta de Dino às críticas da oposição. E às críticas da situação? O ministro tem sido alvo de fogo amigo no campo da segurança pública. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou ontem que o governo esteja pensando em desmembrar o Ministério da Justiça e Segurança Pública. A ideia, aventada nos bastidores, é de que o PT assume a área, para tentar limpar a barra pela crise de violência que vive a Bahia, governada pelo partido há 16 anos.

Às críticas dos petistas, Dino respondeu assim: “Um dos eixos da política nacional de Segurança Pública que estamos fortalecendo são as operações integradas. Já fizemos várias nestes 9 meses, a exemplo da recente sobre violência contra mulheres, com polícias de todo o Brasil. Agradeço às Secretarias Estaduais de Segurança e aos dirigentes das instituições policiais”.

A mensagem, publicada nesta manhã nas redes sociais do ministro, é acompanhada por números da Operação Shamar, de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher.

Nesta quarta-feira, uma voz relevante da oposição falou pela primeira vez sobre a possibilidade de Lula indicar Dino para o STF. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) prometeu resistência no Senado caso isso ocorra.