ENTREVISTA: "Votar bem é buscar a racionalidade do voto", diz presidente do Sebrae ENTREVISTA: "Votar bem é buscar a racionalidade do voto", diz presidente do Sebrae
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ENTREVISTA: “Votar bem é buscar a racionalidade do voto”, diz presidente do Sebrae

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 08.10.2020 09:00 comentários
Brasil

ENTREVISTA: “Votar bem é buscar a racionalidade do voto”, diz presidente do Sebrae

Em entrevista a O Antagonista, o presidente nacional do Sebrae, Carlos Melles, disse que as eleições municipais deste ano, a primeira sem a coligação para vereadores, é "um passo importante" para o fortalecimento dos partidos...

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ENTREVISTA: “Votar bem é buscar a racionalidade do voto”, diz presidente do Sebrae
Carlos Melles

Em entrevista a O Antagonista, o presidente nacional do Sebrae, Carlos Melles, disse que as eleições municipais deste ano, a primeira sem a coligação para vereadores, é “um passo importante” para o fortalecimento dos partidos.

Melles, que foi deputado federal por seis mandatos consecutivos, afirmou que é preciso votar “mais com a razão” e defendeu que os eleitos mantenham seus compromissos firmados acima do jogo político.

Ele também disse que a formação de gestores pode contribuir para o mandato focado na geração de empregos e elogiou a reforma administrativa enviada pelo governo Bolsonaro ao Congresso.

Leia os principais trechos da entrevista:

O país vive diversos atritos em razão de políticos, mas, por outro lado, talvez o brasileiro nunca tenha se envolvido tanto na política. Como o senhor avalia o comportamento político no Brasil às vésperas de uma nova eleição?

As primeiras eleições sem coligações para vereadores serão um passo muito importante para o fortalecimento dos partidos. Nós estamos avançando. Por meio de partidos fortes, com linhas programáticas muito bem definidas e transparentes, avançaremos mais. Não é ser de direita, centro ou esquerda, é falar com clareza o que cada partido defende.

O senhor acredita que o Brasil um dia conseguirá reduzir o número de partidos?

As novas regras do coeficiente eleitoral vão nos ajudar bastante nesse sentido, poderá ser um freio de arrumação. Espero que seja um início. É absolutamente natural e democrático que se criem partidos, mas há uma dificuldade enorme em fazer uma reunião com líderes de 30 partidos.

O que é votar bem?

Não se faz política sem emoção, mas eu diria que votar bem é votar mais com a razão, buscar a racionalidade do voto. No calor da campanha, há todo o tipo de esperança plantada, mas é preciso ver a vida pregressa do candidato e também o comportamento dele. Defendo, ainda, que, durante a campanha, sejam firmados compromissos com a população.

Mas a gente está assistindo a mais um governo que está rasgando várias promessas. Confiar no que é dito na campanha ainda é possibilidade?

Hoje, a política ainda acaba falando mais alto que os compromissos. É preciso inverter essa ordem. Não poderemos tergiversar, nem ir abrindo concessões quanto à austeridade fiscal. Porque aí, certamente, isso vai trazer mais desconfiança, desequilíbrio e descontentamento.

O senhor está falando dos riscos ao teto de gastos, por exemplo, para fazer nascer o programa assistencial do governo Bolsonaro?

Sim. Esse auxílio fez muito bem às pessoas, às empresas e aos municípios. Mas o problema não é criar programas, é encontrar formas de acabar com eles. Olhar para o presente, mas sobretudo para o futuro.

O senhor defendeu voto em empreendedores. Um empreendedor eleito é garantia de uma boa gestão pública?

Não. Mas temos hoje a tônica da geração de empregos e precisamos de uma gestão corajosa nesse sentido. O maior gerador de empregos em muitos municípios ainda é a Prefeitura. O que a gente pretende é estimular a criatividade, um prefeito que estimule a criatividade para a geração de empregos, deixando o povo livre para trabalhar, desburocratizando. A burocracia é um inferno: assusta, desestimula, engole.

O que o senhor achou da proposta de reforma administrativa enviada pelo governo ao Congresso?

Acho que tem que começar de algum jeito. Precisamos olhar para a meritocracia e também para a questão da estabilidade, que precisa ser melhor avaliada. Precisamos, cada vez mais, de funcionários públicos para tocar a máquina com credibilidade, eficiência e boa produtividade. A reforma é um passo rumo à tendência que vejo de diminuição dos privilégios. Isso tudo vai precisar ser passado a limpo, de uma maneira ou de outra. Espero que a reforma seja um início, ainda que a proposta não seja perfeita. Vejo uma boa intenção.

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