Na reunião de 22 de abril, Paulo Guedes e Rogério Marinho travaram uma discussão sobre o plano Pró-Brasil.

Guedes defendia que o programa não fosse comparado ao Plano Marshal, porque “vai revelar a falta de compreensão das coisas”.

O ministro da Economia também defendeu que a retomada do crescimento pós-pandemia fosse impulsionado pelos investimentos privados, não com investimentos públicos financiados pelo governo, como defendeu Marinho.

“Então tá cheio de gente pensando nessa eleição agora, e botando coisa na p … na cabeça do … do … de todo mundo aqui dentro, que são governadores querendo fazer a festa, são às vezes ministros querendo aparecer, tem de tudo. (…) Então se a gente lançar agora um plano, é … todo o discurso é conhecido: ‘Acabar com as desigualdades regionais’, Marinho, claro, tá lá, são as digitais dele. É bi … é bonito isso, mas isso é o que o Lula, o que a Dilma tão fazendo há trinta anos. Se a gente quiser acabar igual a Dilma, a gente segue esse caminho.”

Guedes acrescentou, sem citar Marinho: “Não pode ministro para querer ter um papel preponderante esse ano destruir a candidatura do presidente, que vai ser reeleito se nós seguirmos o plano das reformas estruturantes originais.”

Rogério Marinho falou logo após Guedes. Ele defendeu que, se R$ 600 bilhões serão gastos durante a pandemia, 7% desses recursos poderiam ir para obras de infraestrutura.

E concluiu: “Bom, eu só tô falando isso, presidente, para que nós possamos ter essa discussão sem dogmas. Sem verdades absolutas. Sem a preocupação de que as coisas continuam como eram antes. Não são como eram antes. Aqui e no mundo inteiro. Era isso, senhor Presidente.”