Durante a primeira reunião de alinhamento com os 37 ministros, concluída há pouco, o presidente Lula pediu de seus auxiliares um balanço das pastas e cobrou celeridade para retomada de programas e entrega de obras. A ideia do petista é fazer duas visitas a estados, ainda indefinidos, antes de sua viagem para a Argentina, no dia 23 de janeiro.

Um dos programas que terão prioridade de execução é o  Minha Casa, Minha Vida, que este ano terá uma injeção de capital de até R$ 23 bilhões após a aprovação da PEC da Gastança. “Vamos hierarquizar  pelo maior percentual de execução para o menor para fazer entregas [de obras e programas] o mais rápido possível”, disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa, em entrevista coletiva após o encontro.

Também se estabeleceu que o ministro da Casa Civil iniciará, na próxima segunda-feira (9), um levantamento de agendas prioritárias em casa pasta, que será despachado com o presidente em duas semanas. Na ocasião, Lula pretende bater o martelo sobre as pautas e definir um cronograma.

Costa foi escalado para resumir a reunião à imprensa, os demais ministros sinalizaram ao sair que o chefe da Casa Civil falaria por todos. Desse forma, o presidente conseguiu evitar pronunciamentos contraditórios, como ocorreu na última semana. Um exemplo foi o do ministro da Previdência, Carlos Lupi, que defendeu uma reforma do INSS,  sem combinar previamente com o Palácio do Planalto.

Lula também recebeu feedbacks sobre os ministérios em discursos que duraram cerca de cinco minutos e estabeleceu janeiro como prazo para terminar a montagem dos segundos escalões.

Segundo Rui Costa, o presidente “uniformizou” a equipe e cobrou um ritmo acelerado de entregas. Assuntos polêmicos como a ligação da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, como milicianos foram evitados.