Em ‘acordão’, Eduardo Bolsonaro vai virar líder da minoria e garantir “mandato remoto”
Assim, parlamentar teria direitos que não são garantidos a outros congressistas e poderia, por exemplo, exercer mandato dos EUA
Além de garantir um acordo para votar a anistia – ainda que parcial – a Jair Bolsonaro e aos réus do 8 de janeiro, integrantes da bancada bolsonarista também atuam para garantir a regulamentação do mandato remoto do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos.
Para isso, os deputados do PL vão indicar Eduardo Bolsonaro como líder da minoria na Câmara. O anúncio vai ocorrer em entrevista coletiva às 15h. Como líder, Eduardo Bolsonaro poderia exercer o mandato de forma remota, na visão de integrantes da oposição ao governo Lula.
Como líder de minoria, Eduardo não seria obrigado a registrar presença na Casa. A solução foi apresentada na manhã desta terça-feira pelo corpo técnico do PL.
Além disso, a PEC da Blindagem, cujo substitutivo foi apresentado pelo deputado federal Cláudio Cajado, abre margem para que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro possa voltar dos Estados Unidos (EUA) sem ser preso.
Segundo o texto, desde a expedição do diploma, os membros do Congresso “não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, nem processados criminalmente, sem prévia licença de sua Casa”. E, mesmo essa autorização, será alvo de deliberação secreta.
“No caso de flagrante de crime inafiançável, os autos serão remetidos, dentro de 24 horas, à Casa respectiva, para que, pelo voto secreto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão e autorize, ou não, a formação de culpa“, prossegue o substitutivo do parlamentar, obtido em primeira-mão por O Antagonista.
O acordão pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro
Esses dois movimentos fazem parte de um acordão que também conta com a votação do pedido de urgência do Projeto de Lei da Anistia. A discussão da urgência, de uma proposta considerada light, ocorrerá nesta quarta-feira na Câmara.
A anistia light passou a ser defendida por integrantes do bolsonarismo na Câmara após os demais líderes concordarem com a indicação de Eduardo como líder da minoria e com a votação da PEC da Blindagem.
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Comentários (8)
Olinda Maria Go Mesmo Da Costa Brito Eusebio
17.09.2025 13:26Se isto é ser de direita vou me filiar no PC do B. Ainda existe? Valha-nos Deus, melhor fugir. É a cergonha total, só olham para o próprio umbigo. Que falta de moral para governarem um País.
Fabio B
16.09.2025 19:35Eliane ☆, seria mesmo outra porta aberta pelo bolsonarismo que o PT aproveitaria depois para escancarar.
Eliane ☆
16.09.2025 17:36E não reclamem se a esquerda copiar essa "manobra" lá adiante.
Edmilson Siqueira
16.09.2025 15:17Eu sempre tive nojo das manobras do PT para se dar bem nas negociatas. Agora tenho nojo dessa maldita direita que está transformando a política no império dos bandidos.
Fabio B
16.09.2025 15:12O brasileiro tem que bancar a farra de um playboy maconheiro, que além de fugir das responsabilidades, ainda trabalha contra os interesses da nação para defender apenas os seus próprios privilégios e os da família. E ver boa parte do Congresso, em vez de barrar esse absurdo, se mobilizando para legalizar a farra e blindar esse criminoso é revoltante.
Luis Eduardo Rezende Caracik
16.09.2025 14:40Não pode ser verdade! Que raio de congresso é este?
Luis Eduardo Rezende Caracik
16.09.2025 14:12Vergonha completa!
Um_velho_na_janela
16.09.2025 14:11Charles de Gaulle se levantou da tumba e gritou, EU NÃO FALEI!!!