As prováveis eleições de Hugo Motta (Republicanos) para a Presidência da Câmara e de Davi Alcolumbre (União) para o comando do Senado devem fortalecer o PL de Jair Bolsonaro dentro do Congresso Nacional.

Do outro lado, o PT de Lula, como demorou a formalizar os dois apoios, agora precisa correr atrás do prejuízo para não ter um papel secundário tanto entre os deputados quanto entre os senadores.

Na Câmara, a expectativa é que o PL tenha, pelo menos, a vice-presidência das duas casas e o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Na Câmara, a CCJ tende a ser entregue ao União Brasil.

Os possíveis vice-presidentes das duas casas

Segundo informações do jornal O Globo, a expectativa é que a vice-presidência no Senado seja entregue a Eduardo Gomes, que foi líder do Congresso durante o governo Jair Bolsonaro no Senado e Altineu Côrtes deve ficar com a vice-presidência da Câmara. Nessa configuração, Sostenes Cavalcante (PL) deve herdar a liderança do partido na Câmara.

A estratégia de tentar negociar o quanto antes cargos na mesa diretora foi endossada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Quando se perde uma eleição [como no caso de Marinho em 2023 no Senado], não tem espaço na Mesa [Diretora] nem em comissões. Se o meu partido quiser convocar um ministro, hoje, não pode convocar porque não tem ninguém presidindo comissão”, declarou Jair Bolsonaro em entrevista ao jornal O Globo.

PT em papel secundário

Ao PT, restam prêmios de consolação nessa disputa pelo comando das casas legislativas: o partido tem trabalhado para obter a primeira-secretaria da Câmara, que é uma espécie de prefeitura da Casa e pelo menos uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU).

O MDB que também já fez acordo para apoiar Motta deve indicar o relator da Lei Orçamentária Anual – posto que ganhou importância com o aumento sucessivos das emendas parlamentares.