O Antagonista mostrou mais cedo que o Ministério Público de São Paulo recebeu representação de um ex-assessor do deputado estadual Gil Diniz, do PSL, sobre denúncia de suposto esquema de “rachadinha”. À Crusoé, Alex Junqueira deu detalhes do esquema.

Segundo ele, o dinheiro serviria para financiar a campanha de Diniz a prefeito de São Paulo em 2020.

“O que houve é que um belo dia nós discutimos no carro. O Gil estava meio enfezado comigo. Ele veio me cobrar R$ 5 mil do meu salário. Todo mês. Eu dei corda pra ele. Falei: ‘É caixinha de campanha que você quer?”. E ele pediu R$ 5 mil reais. Eu fiquei quieto.”

O ex-assessor afirma que testemunhou que o “rachid” era comum entre os funcionários do gabinete” e que foi punido por não concordar com o procedimento.

Em nota à imprensa, Gil Diniz negou a acusação.

Leia trechos da entrevista a Caio Junqueira:

Como funciona o recolhimento?
Tudo é a chefe de gabinete que faz.

Vai para uma conta? 
Nunca é em conta. É saque em dinheiro. Rachadinha é complicado. É uma prática comum que precisa acabar. Mas os salários da Assembleia são altíssimos. Lá existe até deputado que compra carro e dá o carnê para o funcionário pagar. Lá é dinheiro, é saque.

Leia a íntegra da entrevista e a reportagem:

‘Ele queria 5 mil reais do salário todo mês’, acusa ex-assessor de deputado bolsonarista