Documentos apresentados por Damares não comprovam abuso sexual infantil, diz jornal
Os documentos apresentados por Damares Alves para garantir a veracidade das denúncias que fez sobre violência sexual infantil na Ilha de Marajó, no Pará, não contêm registros de casos, afirma o Estadão...
Os documentos apresentados por Damares Alves para garantir a veracidade das denúncias que fez sobre violência sexual infantil na Ilha de Marajó, no Pará, não contêm registros de casos, afirma o Estadão. Segundo o jornal, que analisou o conteúdo dos relatórios de três CPIs fornecidos pela assessoria da ex-ministra, não há nada que comprove o esquema de exploração sexual relatado por ela.
Durante um culto religioso em Goiânia no sábado (8), a senadora eleita afirmou que tinha imagens de crianças cruzando as fronteiras com os dentes arrancados “para não morderem na hora do sexo oral”.
O jornal analisou os relatórios da CPI da Pedofilia e de uma comissão da Assembleia Legislativa do Pará, ambas de 2010, e da CPI dos maus-tratos, concluída em 2018 pelo Senado, totalizando 2.093 páginas.
“O que resta claro da documentação é que, como ocorre em diversas regiões do País, os crimes de violência sexual estão presentes no Pará e em Marajó, mas nenhum documento enviado pela senadora eleita, até o momento, confirmou suas alegações”, disse o jornal.
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão determinou que o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos informe, em até três dias, todos os casos de denúncias recebidas pela pasta entre 2016 e 2022.
Hoje, em entrevista à Rádio Bandeirantes, Damares recuou da afirmação de que teria provas sobre o esquema de exploração infantil na fronteira e disse que “ouviu nas ruas” os relatos.
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