Do tempo em que Marina queria abrir caixas-pretas
A internet não perdoa. Após a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (foto), confrontar o senador Plínio Valério (PSDB-AM) pelo uso da expressão caixa-preta...
A internet não perdoa. Após a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (foto), confrontar o senador Plínio Valério (PSDB-AM) pelo uso da expressão caixa-preta (assista abaixo), classificada como racista por ela, voltaram a circular registros de uma época em que Marina não via problema algum em usar essas palavras.
“Marina Silva diz que governo tem papel de abrir a ‘caixa preta’ da educação”, registra título do portal Uol, via Estadão Conteúdo, de agosto de 2018. Foi durante evento do Todos Pela Educação, quando Marina tentava se eleger presidente da República.
De lá para cá, muito mudou. A instrumentalização da linguagem por movimentos identitários levou algumas pessoas a imaginar sentidos para palavras e expressões, sempre projetando os piores significados e intenções possíveis sobre quem as usa.
Já havia ocorrido com outra ministra do governo Lula, Anielle Franco, da Igualdade Racial. Ela enxergou racismo na expressão “buraco negro”, e foi devidamente ridicularizada por causa disso.
Para deixar claro, segue reproduzida a explicação do ex-governador do Ceará Ciro Gomes sobre o buraco negro: “O buraco é negro por uma circunstância. A densidade é tão grande que a gravidade tende ao infinito e, por ser máxima, drena tudo que está ao seu redor, inclusive e especialmente a luz. O que não tem luz é escuro, e se é escuro é negro, por isso buraco negro”.
No caso de caixa-preta, a expressão se refere ao dispositivo que registra dados de uma viagem de avião.. Ela é chamada assim porque os dispositivos originais eram pretos — hoje são laranja, para facilitar sua identificação após um acidente.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)