O ministro da Justiça, Flávio Dino, quer entrar no debate dos combustíveis e já fala em monitorar aumentos “irregulares” no preço da gasolina nas bombas. Ele pretende usar a reunião do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), que acontece na próxima quinta-feira (29), para discutir o assunto.

“A gente ainda não identificou oficialmente [aumentos em postos], mas a gente está monitorando. Inclusive temos uma reunião quinta com os Procons, com a Secretaria do Consumidor, e um dos itens de pauta é este”, disse.

A preocupação de Dino lembra a do ex-ministro de Minas e Energia Adolfo Sachsida.

No ano passado, Sachsida virou uma espécie de fiscal de posto. Foi para as ruas gravar vídeos de estabelecimentos que tinham alterado preços após o governo estabelecer limite de 17% na cobrança do ICMS dos combustíveis.

Nesta semana, vence a medida provisória do teto do ICMS. Como compensação, a Petrobras anunciou corte de 3,9% no preço da gasolina nas refinarias. O aumento dos combustíveis na bomba, porém, é preocupação do núcleo político do governo, que teme impactos sobre a popularidade de Lula ainda nos primeiros 100 dias.