Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, foram registrados 20,4 mil casos prováveis de dengue em apenas uma semana, totalizando 67.897 casos desde o início do ano.

Além disso, o documento revela que houve um aumento de 1.303,9% no número de casos prováveis em comparação ao mesmo período do ano passado. Isso significa que a dengue está se espalhando por todas as regiões do Distrito Federal.

Regiões com mais casos de dengue

As regiões administrativas com maior número de notificações são Ceilândia, com 12.983 casos, seguida por Taguatinga, com 3.772 casos, e Sol Nascente/Pôr do Sol, com 3.701 casos.

Brazlândia, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Gama, Plano Piloto e Guará também apresentam altos índices da doença.

A dengue já causou a morte de 23 pessoas no Distrito Federal, enquanto outras 66 estão sendo investigadas. Além disso, cerca de 1.150 casos evoluíram com sintomas graves, como sangramentos e vômitos persistentes.

Medidas do governo do DF

De acordo com o governo do Distrito Federal, Serão instaladas mais 11 tendas para atendimento de casos suspeitos e a frota de carros do fumacê será ampliada com a contratação de mais dez veículos, totalizando 39.

Enquanto isso, as unidades básicas de saúde (UBS) e as tendas já existentes estão realizando acolhimentos, tratamentos e hidratação dos pacientes classificados como leves. Os casos mais graves são encaminhados para as unidades de pronto atendimento (UPA) e hospitais.

Casos em todo país passam do meio milhão

Até a última segunda-feira, 13, foram registrados 512.353 casos, quase quatro vezes mais que o registrado no mesmo período em 2023.

O estado que mais registrou casos prováveis é Minas Gerais, com 171 mil. Em seguida, vem São Paulo com menos da metade, 83.651.

O Ministério da Saúde também confirmou 75 mortes por dengue, enquanto outras 350 seguem sob apuração.

Previsão pessimista

A pasta divulgou em 9 de fevereiro que o Brasil pode chegar a 4,2 milhões de casos de dengue em 2024.

Segundo a secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, essa marca representaria um recorde no país. No entanto, o órgão afirma estar se preparando para o pior cenário e trabalhando para evitar que isso aconteça.