Desembargador que humilhou GCM de Santos já respondeu a duas outras representações
O desembargador Eduardo Almeida Prado Rocha de Siqueira, do TJ de São Paulo, já respondeu a pelo menos duas representações por problemas de comportamento. Mas ambas foram arquivadas...
O desembargador Eduardo Almeida Prado Rocha de Siqueira, do TJ de São Paulo, já respondeu a pelo menos duas representações por problemas de comportamento. Mas ambas foram arquivadas.
Eduardo Siqueira ficou famoso no fim de semana ao humilhar um guarda municipal que o multou por não usar máscara de proteção facial ao circular pela orla de Santos. O desembargador deu uma carteirada no servidor e ainda rasgou a multa.
Agora, é alvo de novo processo na Corregedoria Nacional de Justiça.
Em outra ocasião, Eduardo Siqueira foi alvo de um pedido de esclarecimentos da concessionária de estradas Ecovias, por ter avançado sobre a cancela do pedágio de uma rodovia administrada pela empresa.
Desembargadores ouvidos por O Antagonista explicaram que o tribunal tinha um convênio com o governo paulista para que viaturas oficiais não precisassem parar no guichê.
Uma funcionária, que não conhecia o procedimento, pediu a Siqueira que esperasse, enquanto consultava seu supervisor. Sem paciência, o desembargador mandou seu motorista seguir em frente. O caso acabou arquivado.
Outra representação, de 2012, foi apresentada pela desembargadora Maria Lúcia Pizzotti. Na peça, ela relatou que foi questionada por Siqueira na garagem do tribunal. Pizzotti ainda não conhecia o colega e se recusou a interagir.
“Não te conheço e não falo com quem não conheço”, disse. O desembargador reagiu aos gritos: “Você não presta.”
A representação foi arquivada pelo então presidente do TJ-SP, desembargador Ivan Sartori. Segundo ele, já havia “animosidade pretérita”, e por isso o episódio não teria sido um momento de “falta de urbanidade” de Siqueira.
A O Antagonista, Maria Lúcia Pizzotti contou que a “animosidade pretérita” foi um processo por injúria que ela moveu contra Siqueira anos antes, quando estava no início da carreira e era substituta na vara em que o desembargador era juiz titular.
Pizzotti passava por seu processo de vitaliciamento – quando um juiz se torna vitalício no cargo, depois de dois anos de “estágio probatório”. Siqueira pediu para ser testemunha contra a efetivação da colega e, no depoimento, disse que ela havia ofendido sua “honra”.
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