O plano de economia de R$ 70 bilhões anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quinta-feira,27, provocou a reação da oposição na Câmara. Deputados criticaram a gestão do governo Lula, taxando-a de irresponsável e ineficiente. As medidas, que incluem limitações no reajuste do salário mínimo, cortes no abono salarial e mudanças nas aposentadorias de militares, foram classificadas como penalizadoras para os mais vulneráveis.

Os parlamentares atribuíram os cortes elencados pelo governo à falta de planejamento e ao estabelecimento de prioridades questionáveis. Para eles, enquanto os mais pobres perdem benefícios, gastos em áreas consideradas supérfluas continuam.

A deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) afirma que “esse é o governo que gasta bilhões em shows, novelas e privilégios, mas agora quer limitar o salário mínimo e reduzir o abono salarial do trabalhador mais humilde. Haddad tenta vender uma responsabilidade fiscal que o governo Lula nunca teve. É o brasileiro que paga a conta de uma gestão perdulária e irresponsável”.

Rodrigo Valadares (União-SE) reclama de incoerências contidas no pacote de corte de gastos anunciado “Enquanto cortam recursos do trabalhador, promessas populistas, como o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, só entram em vigor em 2026. É um governo que gasta muito e gasta mal, e agora tenta fazer malabarismos para corrigir o rombo que ele mesmo criou”.

Segundo o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), as medidas também geraram desconfiança no mercado financeiro. “O mercado já reagiu mal porque sabe que o governo não tem credibilidade. O dólar disparou, e o brasileiro vê o custo de vida subir ainda mais. O problema não é falta de dinheiro, é falta de prioridades. Se o governo cortasse privilégios e gastasse com responsabilidade, não precisaria prejudicar o trabalhador e a classe média”.

Sanderson (PL-RS) disse que o PT faz gestão ineficiente. “O mesmo governo que distribuiu R$ 3 bilhões de forma irregular no programa Pé-de-Meia e torrou dinheiro público em iniciativas questionáveis agora quer impor sacrifícios à população. Isso mostra a incapacidade do governo petista de governar com seriedade e eficiência”.