Deputados pressionam Itamaraty sobre doações do Brasil à UNRWA
O objetivo principal do requerimento é entender por qual motivo o governo brasileiro aumentou as doações à UNRWA
Em torno de 30 parlamentares protocolaram nesta segunda-feira, 19, um pedido de convocação do chefe do Itamaraty, Mauro Vieira, para explicar o aumento de doações públicas do Brasil à UNRWA – agência da ONU para Refugiados Palestinos.
A UNRWA é uma das principais estimuladoras do ódio contra judeus e do terrorismo no Oriente Médio.
“Enquanto membros do Congresso Nacional, é nosso dever fiscalizar e garantir que os atos provenientes do Poder Executivo sejam feitos com intenções corretas e éticas, tendo em mente, também, as consequências que tais ações vão causar em nosso país e, principalmente, na população brasileira”, argumentou o deputado Luiz Philippe Orleans e Bragança (PL-SP), um dos signatários do pedido de convocação.
O anúncio de Lula
O objetivo principal do requerimento é entender as motivações e implicações por trás do anúncio feito por Lula (PT), especialmente com outras nações tomando atitudes opostas. Se a convocação for aprovada, o ministro deverá comparecer ao plenário da Câmara dos Deputados, para esclarecer os pontos levantados pelos deputados e responder outros eventuais questionamentos.
Segundo o deputado Luiz Philippe, o assunto é de extrema importância, devido às crescentes suspeitas e acusações recebidas pela UNRWA de envolvimento de funcionários com o grupo terrorista Hamas.
“Se há uma denúncia já feita publicamente e outros países interromperam doações e repasses em razão disso, não cabe ao Brasil ignorar essa grave acusação e seguir prestando auxílio a um órgão que pode estar desviando as doações brasileiras para terroristas. Devemos nos espelhar em países como Estados Unidos e Alemanha, e aguardar a conclusão da investigação deste caso”, concluiu.
Terror
Ao reforçar o apoio financeiro à agência da ONU, Lula minimiza a conexão dos funcionários da UNRWA com o terror.
Como mostrou Crusoé, uma reportagem do Wall Street Journal baseada em um relatório de inteligência israelense revelou que cerca de 10% dos funcionários da UNRWA têm conexões com terroristas do Hamas ou da Jihad Islâmica.
Considerando que a agência da ONU tem 12 mil funcionários na Faixa de Gaza, pode-se concluir que 1.200 empregados da agência têm alguma relação com o terror.
Quando se consideram apenas os funcionários homens, a porcentagem de pessoas com alguma conexão com o terrorismo é ainda maior: 23%.
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