Com Lula podendo ser candidato após decisão de Edson Fachin da última segunda-feira, o jogo da política para 2022 ganhou fato novo.

Para o deputado do PSOL Ivan Valente, porém, é “erro grave de estratégia” lançar pré-candidaturas neste momento. Ele disse a O Antagonista que Guilherme Boulos é “certamente um nome nacional”, principalmente após ter chegado ao segundo na eleição municipal em São Paulo no ano passado, mas pondera que seu partido só deverá tomar alguma decisão no início de 2022.

“Antes de chegarmos lá, é preciso que ainda saibamos o que vai acontecer em 2021: estamos no meio de uma pandemia brutal, que trará consequências econômicas e sociais imprevisíveis. O PSOL não está nessa lógica de sair lançando candidato.“

Valente tem defendido “uma frente única contra o atual governo” e o que chama de “política ultraliberal”. E está no grupo dos que veem Bolsonaro “se enfraquecendo”.

“A gente vê hoje um Bolsonaro perdendo popularidade nas pesquisas e também na internet. Nada indica que ele terá condições de voltar a ter a popularidade de quando o auxílio emergencial era de R$ 600.”

O psolista acrescentou que a pandemia impede manifestações de rua, que poderiam estar sendo um bom termômetro para a corrida presidencial de 2022.

“Se Lula for candidato, é claro que ele se torna bastante competitivo, mas ainda não dá para definir candidaturas.”

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