O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL), que votou contra a PEC do Fundeb, disse a O Antagonista que a destituição da colega Bia Kicis (PSL) da função de vice-líder do governo no Congresso por também ter votado contra a proposta “é natural”.

“O governo acha que precisa de todos os vice-líderes alinhados à orientação do próprio governo. É natural que ela, não querendo se alinhar em um voto ou outro, pontue como alguma possível dissidência. Como a Bia tem opinião bem fundamentada e gosta de agir com independência, eu diria até que foi adequado”.

Orleans e Bragança afirmou que, ao destituía-la da função, Jair Bolsonaro “libertou” Bia.

“Ele liberta a Bia para exercer suas opiniões com mais liberdade. Não quer dizer que ela deixe de ser uma apoiadora do próprio Jair Bolsonaro.”

O parlamentar acrescentou:

“Como é o meu caso também: sempre tive opinião bem distinta, muitas vezes votei contra interesses do governo. No entanto, continuo apoiando o governo, me considero um apoiador do governo.”

Orleans e Bragança, então, criticou a forma como Bia foi chutada da vice-liderança — por meio de um comunicado divulgado na noite de ontem pelo presidente, em edição extra do Diário Oficial da União.

“O que pode gerar um ruído nas redes é o jeito, o método, a maneira como foi feito. É mais uma questão de forma que de conteúdo.”