Deputado do PSB defende federação como “efeito precioso” em eventual governo Lula
Embora já haja quem não acredite mais na federação da esquerda -- com PT, PSB, PCdoB e PV --, como noticiamos há pouco, o deputado federal socialista Tadeu Alencar (foto), que compõe o diretório nacional do seu partido, continua defendendo a aliança formal do grupo político. Para ele, a federação desempenharia papel importante para a governabilidade de um eventual novo governo Lula, candidato apoiado por essas legendas...
Embora já haja quem não acredite mais na federação da esquerda — com PT, PSB, PCdoB e PV –, como noticiamos há pouco, o deputado federal socialista Tadeu Alencar (foto), que compõe o diretório nacional do seu partido, continua defendendo a aliança formal do grupo político.
Para ele, a federação desempenharia papel importante para a governabilidade de um eventual novo governo Lula, candidato apoiado por essas legendas.
Alencar, que liderou a bancada do PSB na Câmara em 2019, fala em “formar uma base parlamentar minimamente estável” que “diminua a dependência” do chamado Centrão no Parlamento.
“Com 130 deputados na oposição [o número atual aproximado de deputados dos partidos de esquerda], você não consegue nem aprovar emendas [constitucionais]. Na aprovação da privatização da Eletrobras, por exemplo, tivemos apenas o direito de espernear”, disse o deputado por Pernambuco.
“Na hora que você der uma embocadura nesse suporte ao governo, com a federação, fica mais fácil de alcançar quóruns qualificados nas votações e você tem outro grau de governabilidade. Caso contrário, podemos ganhar a eleição e vamos continuar refém dos mesmos mecanismos”, acrescentou.
Alencar definiu essa questão como “efeito muito precioso” a ser levado em conta pelos dirigentes partidários em meio aos embates internos para a ainda possível composição da federação.
“É claro que formar a federação não será suficiente. Mas diminuiria a dependência [do Centrão]. Ninguém governaria só com esses partidos da federação, mas ficaria mais fácil [governar].”
Sobre as dificuldades para a federação se concretizar, sobretudo entre PSB e PT, ele disse a O Antagonista ser evidente que “nem todo mundo vai pensar igual” e reforçou que há problemas a serem resolvidos em estados-chave, como São Paulo, onde o socialista Márcio França e o petista Fernando Haddad pretendem disputar o governo local.
Alencar defendeu, ainda, “a necessidade de equilíbrio e de regras de ponderação que assegurem uma boa convivência entre as siglas federadas, para que a relação não seja de mera subordinação das menores às maiores”.
Pela lei que instituiu as federações partidárias, dois ou mais partidos podem se unir em uma aliança semelhante à das coligações, mas que dura por toda uma legislatura — ou seja, quatro anos –, e não apenas para uma única eleição. Ontem, o STF definiu 31 de maio como data limite para a formação de federações.
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