O número de casos de dengue na cidade São Paulo em menos de dois meses em 2024 já ultrapassam o total registrado na capital paulista no ano anterior.

Foram reportados 16.001 casos de dengue em São Paulo até 21 de fevereiro, a oitava semana epidemiológica, contra 14.398 ao longo de todo 2023.

Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde.

Seis distritos em emergência

Segundo dados divulgados pelo mesmo órgão, seis distritos administrativos estão em situação epidêmica. Os distritos de Itaquera, Jaçanã, Anhanguera, São Domingos, Jaguara e Vila Leopoldina apresentaram um coeficiente de incidência acima de 300 casos por 100 mil habitantes.

Esses dados são provisórios e foram atualizados até o dia 21 de fevereiro. O coeficiente de incidência é um critério utilizado pelo Ministério da Saúde para classificar a doença em relação à população.

De acordo com a Folha de S. Paulo, quando o coeficiente é inferior a 100 casos por 100 mil habitantes, a incidência é considerada baixa. Entre 100 e 300 casos, a incidência é considerada média. Já acima de 300 casos, a incidência é considerada alta.

Casos de dengue por distrito

O distrito de Jaguara registrou a maior incidência de dengue na cidade, com um coeficiente de 2.521,1 casos por 100 mil habitantes.

Em seguida, aparecem os distritos de São Domingos (524,8), Jaçanã (517,6), Vila Leopoldina (446,1), Itaquera (425,2) e Anhanguera (326,6). O distrito de São Miguel, localizado na zona leste da cidade, também está próximo da condição epidêmica, com uma incidência de 299,8 casos por 100 mil habitantes.

Em três semanas de 2024 foram registrados mais casos que o ápice de 2023

Foram as semanas de 21 a 27 de janeiro, de 28 de janeiro a 3 de fevereiro, e de 4 a 10 de fevereiro.

Todas registraram pouco mais de 130 mil casos prováveis, como se denomina na estatística oficial, enquanto a semana de pico de 2023 teve 11.840.

O Centro-Oeste lidera o ranking de regiões com maior incidência de Dengue no país, seguido pelo Sudeste. No Centro-Oeste, o Distrito Federal registra o maior número de casos prováveis, com 80.979 ocorrências. Já no Sudeste, Minas Gerais lidera com mais de 230 mil casos, mais que o dobro do registrado por São Paulo, o segundo estado da região com maior número de casos.