Defesa de Zambelli celebra pedido de vista de Nunes Marques
Em nota, advogados da deputada dizem ver com "esperança" a decisão, que suspendeu julgamento no Supremo Tribunal Federal

A defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) celebrou, nesta segunda-feira, 24, o pedido de vista do ministro Kássio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da ação referente ao episódio em que a parlamentar perseguiu, com arma em punho, o jornalista Luan Araújo às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.
“A defesa vê com esperança o pedido de vistas do ministro, esperando que tanto Sua Excelência como os demais Ministros que irão votar possam examinar minuciosamente o processo e constatar, como exposto nos memoriais encaminhados, que não pode prevalecer o voto condenatório proferido pelo Eminente Ministro Relator”, dizem os advogados, em nota divulgada nesta tarde.
O relator da ação penal, ministro Gilmar Mendes, votou pela condenação da deputada a cinco anos e três meses de prisão pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
O ministro ainda decreta a perda do mandato parlamentar de Zambelli como efeito da condenação criminal, o cancelamento de forma definitiva da autorização de porte de arma de fogo da deputada e o encaminhamento da arma apreendida ao Comando do Exército.
Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cármen Lúcia acompanharam o voto do relator. Após o pedido de vista de Nunes Marques, que suspendeu o julgamento, Cristiano Zanin antecipou seu voto, que também acompanha o de Gilmar Mendes.
O julgamento teve início na última sexta-feira, 21, e iria até a próxima sexta, 28. Com a decisão de Nunes Marques, não há data para que ele seja retomado, mas o ministro tem até 90 dias para retomar a análise do processo.
Relembre o caso
A perseguição armada em 2022 teve início após Zambelli e o jornalista trocarem provocações durante um ato político nos Jardins, na capital paulista. Junto a um homem armado, a deputada sacou sua arma pessoal e perseguiu Luan até encurralá-lo dentro de um bar, onde se encerrou a discussão sem nenhum disparo. O Supremo Tribunal Federal tornou Zambelli ré por causa do episódio em agosto de 2023, por nove votos a dois. Na ocasião, apenas Nunes Marques e André Mendonça foram contrários à abertura do processo.
Na última sexta-feira, em nota, Zambelli afirmou ter “total confiança” na Justiça e acreditar que, com o esclarecimento completo dos fatos, sua inocência será “comprovada”.
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