A defesa de Jair Bolsonaro (PL) afirmou ao TCU na quinta-feira (30) que o ex-presidente devolverá o terceiro pacote de joias sauditas (foto), que envolve um relógio Rolex, uma caneta e abotoaduras.

A corte expediu um alerta na quarta-feira (29) determinando a devolução.

Reportagens do Estadão revelaram, até o momento, que comitiva liderada pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, recebeu três pacotes de joias do regime da Arábia Saudita em outubro de 2021.

Elas entraram ilegalmente no Brasil visto que não foram declaradas na alfândega do Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde desembarcou a comitiva.

O primeiro pacote, que é avaliado em 16 milhões de reais e seria um presente a Michelle Bolsonaro, foi apreendido pela Receita na alfândega na época.

O governo Bolsonaro pressionou a Receita por meio de três ministérios e de militares. As tentativas não foram bem sucedidas.

O segundo pacote, assim como o terceiro, foi incorporado ao acervo pessoal do ex-presidente. Entretanto, como determina entendimento do TCU de 2016, joias não são itens personalíssimos e, portanto, devem ser mantidas com a União, no acervo da Presidência.

Bolsonaro já devolveu o segundo pacote à Caixa. E ele ainda entregou à PF armas que recebeu do regime dos Emirados Árabes Unidos.