De que lado estão os partidos com ministérios no governo Lula?
O PP, de Arthur Lira e Ciro Nogueira, foi o partido que mais deu votos contrários nas quatro votações nominais do Congresso na semana
Nem mesmo a entrega de ministérios a partidos da base aliada foi capaz de garantir ao governo Lula vitória em três das quatro votações nominais ocorridas no Congresso Nacional na terça-feira, 28.
Ao todo, 12 partidos têm representantes em ministérios, mas os deputados e senadores destas siglas deram, em conjunto, mais votos contra do que a favor ao Palácio do Planalto, registrou o G1.
Na derrubada do veto de Lula à lei que proíbe as saidinhas de presos, por exemplo, os partidos com ministério deram 173 votos contra o governo, e 123 a favor.
O PP, de Arthur Lira e Ciro Nogueira, foi o partido que mais deu votos contrários nas quatro votações nominais: 151. O Psol e o PCdoB, no entanto, foram os únicos a dar todos os votos a favor nas quatro votações. Até o PT, do presidente Lula, registrou votos contrários ao governo.
Centrão entra na mira do PT
Ministros dos partidos do Centrão – leia-se União Brasil, PP, PSD, MDB e Republicanos – entraram na mira dos deputados petistas após as derrotas em série da sessão do Congresso Nacional de terça.
Os petistas reclamam que essas siglas votaram junto com os parlamentares bolsonaristas na chamada agenda de costumes e isso deu uma sensação de que o governo não tem base alguma no Congresso Nacional – o que não deixa de ser verdade.
União Brasil tem três ministérios (Turismo – Celso Sabino; Comunicações – Juscelino Filho e Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes); o MDB outros três (Simone Tebet – Planejamento; Jader Filho – Cidades e Renan Filho – Transportes) e PSD também ocupa três pastas (Alexandre Silveira – Minas e Energia; Carlos Fávaro – Agricultura e Pesca – André de Paula). Republicanos e PP ocupam uma pasta cada com Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e André Fufuca (Esporte), respectivamente.
Apesar da cobrança dos petistas, o presidente Lula disse a aliados que descarta qualquer forma ministerial por enquanto.
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