Crusoé: “Se Anderson Torres segue na cadeia, por que não o general Gonçalves Dias?”
Em artigo para a Crusoé (aberto para não assinantes), Carlos Graieb comenta a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que estendeu a prisão preventiva do ex-ministro da Justiça Anderson Torres diante dos "fortes indícios" de seu envolvimento com os atos golpistas do 8 de janeiro...
Em artigo para a Crusoé (aberto para não assinantes), Carlos Graieb comenta a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que estendeu a prisão preventiva do ex-ministro da Justiça Anderson Torres diante dos “fortes indícios” de seu envolvimento com os atos golpistas do 8 de janeiro.
Os “fortes indícios” podem ser causa para que Torres cumpra pena no fim do processo a que vai responder. Segundo a letra fria do Código de Processo Penal (e segundo a interpretação dos próceres do garantismo), não são motivo para que a prisão preventiva se estenda neste momento.
“Se existe um personagem no Brasil cuja prisão preventiva, neste momento, parece fazer sentido, é o general Gonçalves Dias, recém-demitido da chefia do Gabinete de Segurança Institucional de Lula. Segundo informa a Crusoé nesta sexta, o general caiu porque perdeu a confiança da cúpula do governo, deixando a impressão de que omitiu informações sobre o 8 de janeiro – não só sobre sua presença no Palácio do Planalto, em contato cordial com invasores, mas também sobre a existência de imagens que registraram esse fato.”
“Se é verdade que Gonçalves Dias agiu assim com seu próprio grupo, o risco de que possa interferir na coleta de outras provas, estando livre, é mais que plausível. Diante dos muitos crimes que foram cometidos na invasão da Praça dos Três Poderes, é certo que o general não pretendeu colaborar com o pior deles, a realização de um golpe de estado. Mas a depredação dos prédios públicos também foi um fato grave – e agora há bons indícios de que ele não fez o que devia.”
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