Crusoé: “Por que nos tornamos um Império, e não um Reino”
Em 12 de outubro de 1822, o príncipe tornou-se D. Pedro I, Imperador do Brasil, lembra o diplomata e historiador Hélio Franchini Neto, na Crusoé desta semana. "Muita gente pensa que esse título veio com o 7 de setembro, nas margens do Ipiranga"...
Em 12 de outubro de 1822, o príncipe tornou-se D. Pedro I, Imperador do Brasil, lembra o diplomata e historiador Hélio Franchini Neto, na Crusoé desta semana.
“Muita gente pensa que esse título veio com o 7 de setembro, nas margens do Ipiranga. Mas não. Até 12 do mês seguinte, dia de seu aniversário, D. Pedro continuou a assinar apenas como regente de seu pai, D. João VI, rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.”
“A ascensão ao Império foi o momento de início efetivo do Estado brasileiro, complementar ao 7 de setembro, em um processo muito mais complexo, incerto e caótico do que costumamos imaginar. Há muito mais a se descobrir de nossa Independência do que conhecemos. Duzentos anos depois, um tema interessante a se lembrar é uma pergunta que normalmente não fazemos e passa muitas vezes sem reflexão: por que se criou um Império e não um Reino?“
“A questão não foi, na época, apenas um formalismo ou uma escolha sem consequências. Alguns conselheiros de D. Pedro teriam resistido ao título, por achar que poderia sofrer críticas das potências europeias, dado que o grande Império daquele momento havia sido aquele declarado por Napoleão Bonaparte, derrotado em 1815, exatamente pelas monarquias daquele continente.”
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