Crusoé: os obstáculos de Doria
"Doria acredita piamente que mais exposição irá ajudá-lo a conter a repulsa a seu nome e projetá-lo para além dos 2% que pontua nas pesquisas", diz a Crusoé. O problema é que a raiz da sua rejeição está diretamente associada ao excesso de aparições e à forma como o tucano se apresenta...
“Doria acredita piamente que mais exposição irá ajudá-lo a conter a repulsa a seu nome e projetá-lo para além dos 2% que pontua nas pesquisas”, diz a Crusoé. “O problema é que a raiz da sua rejeição está diretamente associada ao excesso de aparições e à forma como o tucano se apresenta.”
“Os próprios aliados do governador reconhecem que ele está em campanha para presidente desde que se tornou prefeito paulistano, em 2017. Como não conseguiu se viabilizar dentro do PSDB, que naquele ano acabou lançando Geraldo Alckmin, Doria partiu para a corrida estadual, descumprindo a promessa de ficar quatro anos no comando da prefeitura. Elegeu-se no sufoco, pegando carona na onda bolsonarista. É por todo esse contexto que Doria é avaliado por eleitores ouvidos pelo próprio partido como ‘marqueteiro’, ‘oportunista’ e ‘traidor’.”
“Por isso, o plano é rodar o país a partir de janeiro, para tentar ‘humanizar’ a figura de Doria. Uma das estratégias é vendê-lo ao eleitor como alguém que enfrentou dificuldades, quando o pai se exilou na França durante a ditadura militar. A questão – e os próprios tucanos admitem isso – é que é difícil olhar para Doria e enxergar nele uma pessoa que realmente passou por maus bocados na vida.”
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