Crusoé: O plano petista para doutrinar os estudantes brasileiros
O Ministério da Educação tem até junho para enviar um projeto de lei para o Congresso. Novo PNE irá orientar o ensino nos próximos dez anos
O documento do Ministério da Educação que foi usado como referência para o Plano Nacional de Educação, PNE, é um texto eivado de afirmações partidárias e posições doutrinárias da esquerda. A função do plano é orientar as políticas públicas na educação nos próximos dez anos, entre 2024 e 2034,
Logo na sua introdução, o documento critica o PNE anterior, aprovado no governo de Michel Temer. Diz o texto: “Os retrocessos na agenda nacional, iniciados no governo Temer e aprofundados na gestão Bolsonaro, acentuaram políticas, programas e ações neoliberais, ultraconservadoras, como expressões hegemônicas do ideário de extrema-direita“.
Em suas 179 páginas, o documento afirma que o plano anterior foi “em favor de políticas restritivas de direitos, conservadoras e amplamente privatizantes, acentuando, dessa forma, as desigualdades sociais existentes“.
Outro trecho diz que “a defesa do direito à educação está atrelada à defesa dos direitos humanos de diferentes grupos, coletivos e movimentos, entre eles feministas, indígenas, negros, quilombolas, LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência, TGD, altas habilidades/ superdotação, ambientalistas, para a construção de cultura e ambiente educativos negros e antirracistas, com igualdade de gênero, anticapacitistas, de convivência inter-religiosa, e superação de toda forma de fundamentalismo, sexismo, misoginia, LGBTQIAPN+fobia, segregação, discriminação, entre outros“.
O Brasil, segundo seus autores, estava em um processo de “construção coletiva” e “debate social“, que foi interrompido com o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.
A partir daí, o documento diz que o Brasil passou a ser governado por governos de “extrema-direita”. Com a volta de Lula em seu terceiro mandato, grupos sociais voltaram a definir a agenda. O leque de ideias é amplo: “Historicamente, os movimentos feminista, indígena, negro, quilombola, LGBTQIAPN+, ambientalista, da juventude, dos povos do campo e das florestas, das águas e ribeirinhos, dos povos e comunidades tradicionais, do público-alvo da educação especial, de jovens, adultos(as) e idosos(as), dos direitos humanos, dos defensores da luta antimanicomial, contra a violação dos direitos humanos no sistema prisional, contra a intolerância religiosa e pelo respeito à biodiversidade têm avançado na politização dessas e tantas questões sociais e históricas, pressionando para que sejam constituídas em políticas de Estado e passem a figurar no ordenamento jurídico, legislativo e nas políticas públicas uma agenda de enfrentamento das desigualdades que a nossa sociedade“.
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