Crusoé: Lula em busca de samurais
Presidente levou amigos, ministros, parlamentares e sindicalistas ao Oriente, mas viagem não vale nada do ponto de vista diplomático

Em franca queda de popularidade e precisando urgentemente retomar o controle da própria administração, o presidente Lula usou a viagem ao Japão nesta semana para tentar recrutar uma legião de escudeiros já de olho nas eleições presidenciais de 2026.
A tarefa, no entanto, não é nada fácil.
Afinal de contas, são poucos os personagens que estão dispostos a oferecer uma lealdade cega ao petista até o próximo pleito geral.
Participaram da excursão ao Oriente personagens como os presidentes da Câmara e Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), respectivamente; os ex-presidentes das Casa Legislativas Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG); o líder do União Brasil na Câmara, deputado Pedro Lucas (MA); o líder do PP na Câmara, deputado dr. Luizinho (PP-RJ); onze ministros de Estado entre os quais Alexandre Silveira (Minas e Energia); Camilo Santana (Educação) e Carlos Fávaro (Agricultura), mais de 80 representantes empresariais ligados à Confederação Nacional da Indústria (CNI) e até sindicalistas como Sérgio Nobre, da CUT; Ricardo Patah, da UGT; e Miguel Torres, da Força Sindical.
Com essa excursão custeada com recursos públicos, Lula retoma uma tática manjada de bajular certos personagens com pequenos mimos presidenciais: uma viagem gratuita ao outro lado do mundo, com tudo pago e sem maiores despesas a quem participou da comitiva.
Parece algo simples, mas parlamentares ouvidos pela reportagem ao longo da semana admitem que esse tipo de regalia ajuda a abrir portas e atenuar resistências.
Durante as gestões Lula 1 e 2, o petista adotou esse dispositivo diuturnamente.
Lula tem deixado claro nas últimas semanas que vai tentar melhorar a sua própria relação com o Congresso Nacional e a viagem ao Japão é um indicativo importante nesse sentido.
Nas palavras de um dos integrantes da comitiva ouvidos por Crusoé, “Lula parece que pretende voltar a fazer política e isso pode ajudar a abrir portas”.
O presidente da República teve, ao longo da semana, conversas com Alcolumbre, Motta, Lira e Pacheco.
Conforme apurou Crusoé, houve avanços sobre as próximas etapas…
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