Crusoé: Flávio Dino, um ministro do barulho
Uma das atividades a que Flavio Dino (PSB-MA) se dedica com maior afinco à frente do Ministério da Justiça é destilar...
Uma das atividades a que Flavio Dino (PSB-MA) se dedica com maior afinco à frente do Ministério da Justiça é destilar malícia pela internet. No último domingo, 6, ele tuitou: “É absurdo que a extrema-direita esteja fomentando divisões regionais. Precisamos do Brasil unido e forte. Está na Constituição, no art 19, que é proibido ‘criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si’.Traidor da Constituição é traidor da Pátria”. Dino se referia ao governador de Minas Gerais, que havia discutido em uma entrevista a formação de um consórcio Sul/Sudeste para debater questões federativas como a reforma tributária. O ministro – que patrocinou a formação do Consórcio Nordeste, com o mesmo objetivo, quando governava o Maranhão – colaborou com a distorção da fala que já acontecia nas redes sociais, fomentando a fake news de que Zema adota um ponto de vista “xenófobo” e “separatista”.
Cinco dias antes, depois de se negar a entregar à CPMI do 8 de Janeiro imagens dos prédios do governo no período das vandalizações, ele também tuitou uma resposta petulante, que irritou até mesmo o presidente da comissão, o deputado Arthur Maia (União-BA), que está longe de ser um radical de direita. Dino não se ateve à resposta burocrática que já havia dado (precisava pedir autorização ao STF), mas acrescentou que o pedido das imagens era apenas uma tentativa de “ficar inventando ‘fatos’ para encobrir tais verdades”. Não cabe ao ministro da Justiça ditar ao Congresso as linhas de investigação de uma CPI. Como se isso não bastasse, aquilo que já veio à tona sobre o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias, torna absolutamente legítimo o interesse no comportamento dos integrantes do governo que estavam no Planalto no 8 de Janeiro.
Um microfone, é obvio, também deixa Dino excitado. No final do mês passado, ele…
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