Crusoé: “Amarras desfeitas?”
O Ministério Público Federal celebrou o fim da gestão Augusto Aras na PGR e a promessa interna do novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, de defender as prerrogativas da instituição, diz Crusoé...
O Ministério Público Federal celebrou o fim da gestão Augusto Aras na PGR e a promessa interna do novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, de defender as prerrogativas da instituição, diz Crusoé.
“O processo de escolha do novo Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, mostrou de forma cristalina que o período passado na prisão deixou marcas profundas na maneira como Lula toma decisões de governo. A seleção demorou muito mais do que a praxe, tornando o intervalo entre a saída de um PGR e a indicação de seu sucessor o mais longo da história: 62 dias.”
“Lula ignorou a lista tríplice apresentada pelo Ministério Público, ao contrário do que fez em seus mandatos anteriores. Ignorou também a insistência de ‘companheiros’ do PT, que recomendavam o nome de Antonio Carlos Bigonha. No fim, valeram as garantias dadas pelos ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, de que Gonet não seria um algoz ao estilo de Rodrigo Janot, que comandava a PGR no auge da Operação Lava Jato.”
“Na segunda-feira, 18, durante a posse de Gonet, Lula disse em público o que já havia dito pessoalmente a ele: que a PGR deve ser ‘corresponsável pela harmonia entre os poderes’, não pode contribuir com a criminalização da política, nem se ‘submeter a manchetes’. ‘Acusações levianas não fortalecem a democracia, não fortalecem as instituições’, declarou o presidente.”
“O discurso e linguagem corporal de Gonet sugeriram que a sobriedade será a tônica do seu mandato. ‘No nosso agir técnico, não buscamos palco nem holofotes. Mas, com destemor, havemos de ser fiéis e completos ao que nos delega o Constituinte e nos outorga o legislador democrático. Devemos ser inabaláveis diante dos ataques dos interesses contrariados e constantes diante da efervescência das opiniões ligeiras. Devemos sobretudo ter a audácia de sermos bons, justos e corretos’, disse ele.”
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