CPI da Covid: Renan Calheiros estuda pedir indiciamento de Flávio Bolsonaro
O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), estuda pedir à PGR o indiciamento do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) pelo crime de advocacia administrativa. O filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro foi citado...
O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), estuda pedir à PGR o indiciamento do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) pelo crime de advocacia administrativa.
O filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro foi citado, ao longo das investigações da CPI, em pelo menos três episódios. Todos não totalmente esclarecidos.
Em janeiro de 2020, Flávio (foto) teria participado de uma viagem para Las Vegas ao lado do diretor institucional da Precisa Medicamentos, Danilo Trento.
Além do filho do presidente, participaram do tour, revelado por O Antagonista, o senador Irajá Abreu (PSD-TO), o deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ) e o atual ministro do Turismo, Gilson Machado, que era presidente da Embratur na época. Trento admitiu que esteve em Las Vegas em depoimento à CPI, mas evitou falar sobre suas relações com o filho do presidente.
Já em 13 de outubro do ano passado, o parlamentar participou de uma videoconferência com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Gustavo Montezano, e com o dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano. Na ocasião, Max representava a Xis Internet Fibra. A CPI acredita que isso é um forte indício de que Flávio ajudou a abrir as portas da Esplanada dos Ministérios aos integrantes da Precisa.
Por fim, a CPI suspeita que Flávio tenha auxiliado o publicitário Stelvio Bruni Rosi a conseguir uma agenda com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para negociar um lote de vacinas. Rosi iniciou tratativas junto à pasta após ter conhecido Flávio em uma festa nos Estados Unidos e pediu, por e-mail, uma agenda com Queiroga. O encontro, porém, até agora não ocorreu.
Com um eventual pedido de indiciamento, Renan espera que a PGR intensifique as investigações sobre a atuação do parlamentar. A decisão, porém, ainda não foi tomada. Integrantes do G7 ponderam que, até o momento, foram levantados poucos elementos que incriminem o filho do presidente da República.
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