A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), integrante da base de apoio do presidente Jair Bolsonaro, rebateu há pouco várias alegações do senador “independente” Eduardo Girão (Podemos-CE) sobre a condução da CPI da Covid.

Ao longo das sessões da CPI, Girão tem criticado a Comissão Parlamentar de Inquérito por não ter se debruçado sobre eventuais denúncias de desvios de recursos na compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste.

Ele também é um contumaz crítico da falta de investigação das atividades da Hempcare, empresa especializada na comercialização de medicamentos com base em canabidiol – produto químico derivado da maconha. O presidente Jair Bolsonaro também fez exatamente esse tipo de crítica à Comissão Parlamentar de Inquérito.

Sem citar o colega senador, Thronicke disse que a CPI não poderia investigar repasse de recursos estaduais e que caberia às Assembleias Legislativas se debruçar sobre irregularidades envolvendo o Consórcio Nordeste. Sobre a Hempcare, a parlamentar afirmou que não poderia se criminalizar remédios fabricados a partir do canabidiol.

“Tem muitas pessoas que se utilizam desses medicamentos. A diferença entre o veneno e o remédio é a dose. A maconha não é liberada no Brasil para uso recreativo. E foi a Anvisa que liberou o uso destes medicamentos. Aqui na CPI, tenhamos o cuidado de não misturar as estações e acabar com isso desinformando as pessoas”, disse a parlamentar.