Conta de água vai ficar mais cara em SP
Os novos valores aplicados pela Sabesp e aprovados pelo governo vão começar a valer a partir do dia dez de maio
Novas tabelas tarifárias da Sabesp serão publicadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo e passarão a vigorar a partir de 10 de maio. A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo recebeu autorização da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo para aplicar um reajuste de 6,4469% sobre as tarifas vigentes. Essa medida faz parte dos preparativos para a privatização da empresa, que está prevista para ocorrer entre maio e agosto deste ano.
Em entrevista ao Estadão, a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, Natália Resende, afirmou que não é necessário aprovar um projeto nas Câmaras Municipais para viabilizar a privatização da Sabesp. Segundo ela, o Marco Legal do Saneamento trouxe uma nova disposição que dispensa a necessidade de aprovação legislativa municipal para a venda da estatal.
Essa declaração foi feita em resposta ao presidente da Câmara de São Paulo, Milton Leite (União), que havia sugerido que o governo do Estado poderia enfrentar dificuldades para concretizar a venda da Sabesp por falta de votos suficientes na Casa.
Privatização da Sabesp
O governo de São Paulo finaliza os detalhes da oferta pública de ações da Sabesp. Um dos pontos mais importantes a ser definido é a participação exata que o estado irá manter na empresa, atualmente em 50,3%, com indicações de que essa fatia deve ficar entre 15% e 30%.
Documentos revelam um projeto de investimento que alcança a marca de R$ 68 bilhões até 2029, focados na meta de universalizar o acesso a água e esgoto. Este montante se expande para impressionantes R$ 260 bilhões até 2060, ressaltando a importância da companhia na implementação de soluções de saneamento sustentável em longo prazo.
Boulos quer barrar privatização da Sabesp com plebiscito
No último dia 2, Guilherme Boulos (Psol), deputado federal e pré-candidato à prefeitura de São Paulo, buscava apoio dos vereadores do PT e do PSOL para convocar um plebiscito sobre a privatização da Sabesp. Segundo Boulos, a intenção é evitar a venda da empresa, que ele compara à criação da Enel da água.
Segundo reportagem da CNN, Boulos alega que o processo de privatização é ilegal e afirma que o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), apoia a medida por motivos eleitorais, visando obter o apoio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
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