Conitec recomendou tratamento com princípio ativo do Viagra
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) recomendou, em fevereiro passado, o uso do princípio ativo do Viagra no tratamento de pacientes com hipertensão arterial pulmonar. Mas a prescrição da sildenafila deve ser em combinação com a bosentana, outro fármaco também elaborado para o mesmo fim...
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) recomendou, em fevereiro passado, o uso do princípio ativo do Viagra no tratamento de pacientes com hipertensão arterial pulmonar. Mas a prescrição da sildenafila deve ser em combinação com a bosentana, outro fármaco também elaborado para o mesmo fim.
Mais cedo, a imprensa divulgou que as Forças Armadas adquiriram 35 mil comprimidos de citrato de sildenafila, a 25mg e 50 mg, sob o argumento de tratamento dessa doença. Os militares, porém, não forneceram dados sobre quantos pacientes possuem.
No relatório produzido pela Conitec, há dois meses, a Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) foi descrita como uma enfermidade rara, que causa pressão alta nos vasos sanguíneos que irrigam os pulmões. “É uma doença rara, de natureza grave e progressiva que, a cada ano, afeta entre 1,9 a 3,7 pessoas a cada 1 milhão.”
“Os sintomas da HAP incluem dispneia (falta de ar) progressiva, fadiga crônica, edema de membros inferiores (inchaço nas pernas e pés), acúmulo de líquido no abdômen (barriga d´água), alteração nos sons cardíacos, desmaios e coloração azulada da pele (cianose). A doença pode levar à insuficiência cardíaca e morte.”
A avaliação de incorporação ao SUS da terapia combinada destes medicamentos, como alternativas complementares de tratamento, foi demandada pela Secretaria de Ciência Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE/MS), comandada por Sandra de Castro Barros.
No SUS, já existem protocolos para tratamento da HAP com uso de sildenafila, bosentana, além de nifedipino, anlodipino, iloprosta e ambrisentana.
Devido à complexidade do diagnóstico e às características da doença, porém, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da HAP “recomenda que o acompanhamento dos pacientes seja multiprofissional, feito, de preferência, em centros especializados” — além de medidas de ordem não medicamentosa, como, por exemplo, a redução do uso de sal na dieta.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)