Na barafunda de nomes de operadores do petrolão e seus prepostos, um andava meio esquecido: Rafael Angulo Lopez. Funcionário do doleiro Alberto Yousseff, ele fez um acordo de delação premiada da qual finalmente começam a ser revelados os primeiros resultados.

Rafael Angulo Lopez é considerado uma verdadeira central de notícias. Ele disse ao juiz Sergio Moro e aos procuradores da Lava Jato que entregou e recolheu documentação de transferências de somas para o exterior nos escritórios da Odebrecht e do seu braço petroquímico, a Braskem. Além disso, a mando da OAS, ele foi portador de pacotes de dinheiro vivo entre o Brasil, Peru, Panamá e Trinidad e Tobago.

Entre 2010 e 2012, Rafael Angulo Lopez esteve diversas vezes na sede da Odebrecht, para encontrar-se com Alexandrino de Alencar, atual diretor de relações institucionais da empreiteira. Alexandrino de Alencar, segundo o funcionário do doleiro Alberto Yousseff, era informado sobre para quais contas no exterior a Odebrecht deveria transferir propinas. O executivo também lhe entregava comprovantes dos depósitos já feitos.