Comandante de operações terrestres do Exército deu aval a golpe, diz PF
A conclusão da PF toma como base mensagens apreendidas no celular do tenente-coronel Mauro Cid
Diálogos obtidos pela Polícia Federal apontam que o então comandante de Operações Terrestres (COTER) do Exército em 2022 general Theophilo Gaspar de Oliviera teria consentido com um golpe de estado e até mesmo com a prisão do ministro do STF Alexandre de Moraes.
A conclusão da PF toma como base mensagens apreendidas no celular do tenente-coronel Mauro Cid. Apesar do plano, a PF reforça que a adesão ao golpe de estado dependeria de decisão do ex-presidente da República Jair Bolsonaro.
“Os elementos probatórios reunidos ao longo da investigação evidenciaram que os investigados se utilizaram diretamente dos cargos públicos que exerciam tanto em ações relacionadas a tentativa de execução do Golpe de Estado, quanto para eximir possível responsabilidade criminal pelos atos até então já realizados. É o caso do General Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, atual comandante do Comando de Operações Terrestres (COTER) do Exército”, afirma a PF.
“No dia 09.12.2022, Estevam Theophilo se reuniu com o então presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Alvorada e, de acordo com os diálogos encontrados no celular de Mauro Cid, teria consentido com a adesão ao Golpe de Estado desde o que presidente assinasse a medida”, acrescenta a autoridade policial.
“Nesse sentido, além de ser o responsável operacional pelo emprego da tropa caso a medida de intervenção se concretizasse, os elementos indiciários já reunidos apontam que caberiam às Forças Especiais do Exército (os chamados Kids Pretos) a missão de efetuar a prisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes assim que o decreto presidencial fosse assinado”, conclui a PF.
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