A entrevista do comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, a O Globo depois de Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso, ter se reunido com o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e dito que o assunto estava encerrado causou apreensão em Brasília.

É a primeira vez que um comandante de Força Armada coloca a digital pública nas “crises militares” do governo Bolsonaro.

Uma fonte da caserna disse a O Antagonista ser impossível que Baptista Junior, o mais bolsonarista dos comandantes, não tenha pedido autorização de Braga Netto e do próprio Jair Bolsonaro para dar a entrevista.

A avaliação que se faz nos bastidores é a de que as declarações do comandante da Aeronáutica foram em tom ainda mais elevado e preocupante que o da nota da Defesa divulgada na noite da última quarta-feira (7).

Em dias como hoje, quem poderia pedir sensatez aos colegas de farda e alertar para os riscos de se “comprar briga” com a CPI da Covid seria Edson Pujol, que deixou o comando do Exército em março deste ano (relembre aqui).