Com receio do Congresso, Lula mira ‘campanha ideológica’ em 2024
O petista disse que vai evitar palanques que possam causar "revés" ao governo durante as eleições municipais deste ano
Sem uma base sólida no Congresso Nacional e temendo reações, o presidente Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira, 20, que vai evitar palanques que possam causar qualquer tipo de“revés” ao governo durante as eleições municipais deste ano. O petista, no entanto, disse que vai fazer campanha contra “adversários ideológicos”.
“Embora eu pertença a um partido político, eu tenho uma base de apoio no Congresso que extrapola meu partido. Então eu tenho que levar em conta, nas cidades [em que] esses partidos que me apoiam estão disputando, quem são os adversários”, afirmou ele, em entrevista à rádio Verdinha, de Fortaleza (CE).
Em São Paulo, por exemplo, Lula decidiu apostar na pré-candidatura do deputado Guilherme Boulos (PSOL). O principal adversário é o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No Rio de Janeiro, ele vai apoiar a reeleição do prefeito Eduardo Paes (PSD), que tem como principal adversário o deputado Alexandre Ramagem (PL), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na gestão Bolsonaro.
“Naquele em que os adversários forem ideológicos, dos negacionistas, você pode ter certeza que eu vou fazer campanha. Vou fazer campanha para os candidatos que eu acho que vão melhorar a vida do povo. Mas com muito cuidado, porque também não posso ser pego de surpresa e ter um revés no Congresso Nacional de descontentamento”, completou o petista.
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