Após registrar quedas de popularidade em seguidas pesquisas, o presidente Lula decidiu chamar os ministros para uma reunião no Palácio do Planalto. A ideia é fazer ajustes de governo. O encontro deve ser marcado por cobranças de resultados e reforço para o avanço de pautas, especialmente de cunho econômico e social, no Congresso.

Dois assuntos preocupam o governo: a relação com o eleitorado evangélico, mais conservador e consequentemente mais alinhado a Jair Bolsonaro, e o aumento no preço dos alimentos.

Ao abrir a reunião o presidente afirmou que “muito ainda precisa ser feito” e lembrou que já se passou um ano e três meses dos quatro anos de mandato. Ele também ponderou a necessidade de respostas dos ministérios mesmo com corte de recursos.

“Muitas vezes tem a necessidade de estar cortando, mas nós vamos ter que fazer um trabalho imenso para repor, porque sem dinheiro os ministérios não funcionam. E nós precisamos garantir que os ministérios funcionem”, falou.

Quaest

Pela primeira vez, mais da metade dos brasileiros reprova o governo Lula, segundo levantamento Altas Intel. Em um mês, o índice de aprovação caiu 4%. Na Genial/Quaest, Lula perdeu três pontos percentuais. Sua aprovação foi a 51%, o menor patamar desde o início do mandato.

Em 2023, o petista realizou quatro reuniões de avaliação com seus ministros. A última foi em 20 de dezembro. Nos encontros, o petista tem reafirmado que os ministros precisam viajar pelo Brasil para fiscalizar obras. Lula também vem cobrando dos seus auxiliares um mapa de realizações. Tudo para reverter a queda de popularidade, ainda mais em ano eleitoral.