Com Alcolumbre, Senado instiui paradão de fevereiro
Senador Magno Malta (PL-ES) compara 'paradão' no Senado com 'recesso eterno'

Senadores de oposição ao governo Lula estão incomodados com o fechamento da segunda semana consecutiva sem sessões no Senado Federal. Nesta quinta-feira,13, o presidente eleito da Casa Alta, Davi Alcolumbre cumpriu agenda com o presidente Lula em seu estado, o Amapá, enquanto o plenário do Senado seguiu de portas fechadas
Desde a eleição de Alcolumbre, a Casa Alta abriu o plenário apenas uma vez, para a sessão de início dos trabalhos.
O senador Magno Malta (PL-ES), que antecipou a O Antagonista que não votaria em Alcolumbre, contrariando a orientação do ex-presidente Jair Bolsonaro, falou sobre a ‘letargia’ na Casa de Leis nos primeiros dias do calendário legislativo.
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“A letargia do Senado é algo sempre presente, mas a atual situação, após a eleição do presidente Davi Alcolumbre, alcançou níveis alarmantes. Não posso esconder minha posição, pois, como já declarei em plenário, não votei nele, e uma das razões para isso é justamente a passividade dessa Casa”, disse a este site.
E acrescentou: “Trata-se de um Parlamento que não reage, que se mostra subserviente, e que continuará assim, enquanto o Brasil enfrenta uma crise profunda: uma crise econômica, de precariedade, com a sociedade civil sofrendo cada vez mais. Enquanto isso, um presidente (Lula) insiste em falar bobagens, e a Casa, tão importante, permanece inerte, como se estivesse em um “recesso eterno”.
Paralisia institucional
O parlamentar ainda chamou de ‘paralisia institucional’ o ritmo dos trabalhos empregado na Casa de Leis.
“A pior parte é que, enquanto discutem questões triviais como a composição de comissões, o país continua a enfrentar essa paralisia institucional. O que eu vejo aqui é uma palavra que resume tudo isso: vergonha”.
Voto contra Davi
Presidente do PL no Espiríto Santo, Malta antecipou a O Antagonista que não votaria em Davi Alcolubre (União-AP) para o comando do Senado. Segundo ele, o amapaense representa uma ‘visão diferente’ da agenda de prioridades da direita no Brasil.
Entre os temas levantados pelo parlamentar, que é vice-líder da oposição na Casa Alta, para justificar o voto contra Alcolumbre estão o impeachment do presidente Lula e a votação do impeachment dos ministros do STF.
Jogo a favor do governo
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) também criticou o ritmo de atividades no Senado.
Para ele, a decisão do novo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), em paralisar as atividades após seua eleição é uma manobra para amenizar as críticas ao governo Lula e ao Supremo Tribunal Federal (STF) na semana em que o advogado Pedro Vaca, relator da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA), visita o Brasil.
“No meu modo de entender, a intenção é silenciar os discursos da oposição, de crítica ao governo. Alcolumbre anda junto com o governo Lula, joga com o governo Lula”, acrescentou o senador a O Antagonista.
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