Em Marília, no interior de São Paulo, as autoridades de saúde estão em estado de alerta devido ao aumento significativo de casos de meningite registrados em 2024. De janeiro a outubro, 31 casos foram confirmados, o que representa um aumento de 40% em comparação com o ano passado, quando foram notificados 22 casos.

O crescimento dos casos também trouxe um aumento no número de mortes associadas à doença, que subiram de uma morte em 2023 para duas em 2024. A meningite, inflamação das meninges que envolvem o cérebro e a medula espinhal, é uma doença endêmica no Brasil, com casos esperados o ano todo.

Causas da Meningite

A meningite pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas, sendo as formas bacteriana e viral as mais comuns e de maior preocupação devido ao risco de surtos. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa por meio de secreções respiratórias ou ingestão de água e alimentos contaminados.

Diagnóstico da Meningite

O diagnóstico precoce e preciso da meningite é crucial para o tratamento. Normalmente envolve a coleta de amostras de sangue e de líquido cefalorraquidiano (líquor). Identificar o agente causador é essencial para determinar o tratamento e prevenir complicações neurológicas.

Medidas de Prevenção Contra a Meningite

A vacinação é a prevenção mais eficaz contra a meningite. O Programa Nacional de Imunização oferece vacinas que protegem contra as principais causas de meningite bacteriana:

• Vacina Meningocócica C (conjugada): Protege contra o sorogrupo C.
• Vacina Pneumocócica 10-Valente (conjugada): Protege contra o Streptococcus pneumoniae.
• Pentavalente: Previne infecções por Haemophilus influenzae tipo B, além de outras doenças.
• Vacina Meningocócica ACWY (conjugada): Protege contra os sorogrupos A, C, W e Y.

Essas vacinas são vitais para a proteção de grupos vulneráveis, especialmente crianças, evitando surtos da doença.

Cuidados e Perspectivas Futuras

O aumento dos casos de meningite em Marília destaca a necessidade de campanhas educativas e da importância da vacinação. Além das vacinas, práticas de higiene, como lavar as mãos e não compartilhar objetos pessoais, reduzem o risco de transmissão. A rápida resposta em surtos é crucial para controlar a doença e proteger a saúde pública.