Ciclone subtropical causa tempestades no Sudeste do Brasil
No Sudeste, as chuvas podem atingir até 100 milímetros por dia, acompanhadas por ventos intensos de até 100 km/h
Após dias de instabilidade, a chuva continuará ao longo do fim de semana em todo o país. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), os maiores volumes acumulados serão registrados no Sudeste, principalmente entre o litoral norte de São Paulo e a Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Essas tempestades são consequência de um ciclone subtropical que está se intensificando em alto-mar.
Diferente de uma frente fria, esse ciclone se formou após a passagem de uma frente fria pelo Sudeste, gerando uma agitação atmosférica. O fortalecimento dessa formação é impulsionado pelas águas quentes do Oceano Atlântico próximo ao continente, explica a meteorologista.
O que é o ciclone subtropical?
O ciclone subtropical se diferencia do ciclone tropical com base em parâmetros definidos pela Marinha:
- Ciclone subtropical: área de baixa pressão que não está associada a uma frente fria, mas favorece a formação de nuvens de chuva e ventos moderados a fortes. Os ventos mais intensos podem atingir um raio de 100 km do centro da baixa pressão. Nesse sistema, as rajadas de vento variam de 63 km/h a 118 km/h.
- Ciclone tropical: área de baixa pressão com núcleo mais quente, o que contribui ainda mais para a formação de nuvens carregadas. Assim como o ciclone subtropical, o ciclone tropical não está associado a uma frente fria. Esse sistema se origina no oceano, na região dos trópicos ou abaixo dos trópicos. Quanto mais quentes forem as águas do oceano, maior será a energia disponível para o desenvolvimento do ciclone. Se os ventos ultrapassarem 118 km/h, ele pode ser categorizado como furacão.
O INMET emitiu um alerta de perigo devido às fortes tempestades no Sudeste. O aviso meteorológico abrange o oeste do Paraná, leste do Mato Grosso do Sul, sul de Goiás e grande parte dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
Segundo reportagem do G1, nessas regiões, as chuvas podem atingir até 100 milímetros por dia, acompanhadas por ventos intensos de até 100 km/h.
Alerta para deslizamentos
Com o grande volume de chuvas previsto para o Sudeste, o INMET alerta para o risco de queda de árvores e alagamentos na região. A Defesa Civil de São Paulo também emitiu um aviso para áreas mais vulneráveis, com possibilidade de ocorrerem deslizamentos, desabamentos, alagamentos e enchentes. Além disso, são esperadas ocorrências relacionadas a descargas elétricas, ventos fortes e granizo.
Segundo o órgão, a baixada santista e o litoral norte de São Paulo podem registrar volumes superiores a 150 milímetros e 100 milímetros por dia, respectivamente.
Chuva em todo o país
Apesar dos temporais mais intensos serem esperados para o Sudeste, os meteorologistas explicam que todo o país deve receber chuva.
Nesta sexta-feira, há risco de temporais no Rio Grande do Sul. O Climatempo alerta para grandes volumes de chuva na região serrana, além de municípios de Santa Catarina que fazem divisa com o estado. Há risco de raios e fortes rajadas de vento.
No Sul, a condição de chuva forte continuará até a noite de sábado, 17. No domingo, 18, são esperadas pancadas mais irregulares, com possibilidade de temporais no leste e litoral catarinense.
No Nordeste, também há previsão de chuva forte em grande parte da Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, norte do Piauí e norte do Maranhão. Os volumes podem chegar a 100 milímetros por dia.
No Centro-Oeste, as pancadas de chuva devem ocorrer de forma mais isolada. O ar quente e úmido predomina sobre a região, reduzindo a chance de chuvas em estados como Goiás e Mato Grosso.
Já no Norte, as áreas de instabilidade predominam em todos os estados da região, resultando em nuvens carregadas. As chuvas podem ser mais intensas no Acre, Amazonas e Pará.
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