CGU investiga apagão de dados do Auxílio Brasil antes da eleição
A Controladoria-Geral da União (CGU) está apurando um apagão de dados que teria permitido a inclusão de beneficiários sem checagem antes da eleição, informou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias...
A Controladoria-Geral da União (CGU) está apurando um apagão de dados que teria permitido a inclusão de beneficiários sem checagem antes da eleição, informou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. Segundo o petista, houve um problema de energia elétrica em agosto que danificou equipamentos com informações sobre cadastros em programas sociais do governo e interrompeu diversos serviços.
Dias afirmou que o ocorrido abriu caminho para a entrada de pessoas no programa sem filtros de checagem. Além disso, beneficiários não teriam recebido o auxílio mesmo tendo direito. “São muito fortes os indícios de que esse apagão tenha sido feito com o propósito de, ao se perder o controle, a capacidade de passar por análise criteriosa, fazer uma política eleitoral com uso de um programa social robusto como o Auxílio Brasil”, disse o ministro ao jornal O Globo, acrescentando que a Advocacia-Geral da União (AGU) também está apurando o caso.
Entre julho e dezembro, 4,1 milhões de famílias passaram a receber o Auxílio Brasil, criado durante o governo Jair Bolsonaro. O valor do benefício subiu para R$ 600 em agosto, meses antes da eleição presidencial. Segundo o petista, o sistema está sendo reativado agora e deve ficar disponível novamente no começo deste mês.
Procurado pelo jornal, Ronaldo Bento, que comandou o Ministério da Cidadania entre março e dezembro, negou que o problema tenha ocorrido. “As informações não procedem. […] Em nenhum momento ficou sem o sistema nem ocasionou prejuízo à entrega das políticas públicas”, disse. No entanto, segundo a reportagem, documentos da pasta produzidos em agosto apontam que o episódio “gerou múltiplas falhas e indisponibilidades nos serviços e sistemas” do ministério, “impactando negativamente, tanto nos processos internos, quanto nos programas sociais de governo destinadas ao cidadão”.
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