Celso Amorim recusa reunião com Edmundo González em Munique
Líder opositor venezuelano solicitou encontro com assessor de Lula durante Conferência de Segurança de Munique

Celso Amorim (foto), assessor do presidente Lula (PT) para assuntos internacionais, evitou uma reunião com o líder opositor venezuelano Edmundo González durante a Conferência de Segurança de Munique, realizada neste sábado, 15. Ambos participaram do evento, que reúne lideranças políticas e militares de destaque da Europa e dos Estados Unidos.
González, que disputou a presidência da Venezuela contra Nicolás Maduro nas eleições de julho de 2024, solicitou uma reunião com Amorim.
A equipe de Amorim, no entanto, recusou o encontro, alegando que não havia disponibilidade em sua agenda.
O assessor chegou à conferência na sexta-feira, 14, e, além de participar de um painel sobre cooperação internacional, manteve reuniões com autoridades de diversos países e organizações, incluindo o chanceler chinês Wang Yi, representantes do grupo de ex-líderes The Elders, o International Crisis Group, e assessores de segurança nacional do Reino Unido, Áustria e Turquia, além do ministro de Assuntos Especiais da Alemanha, Wolfgang Schmidt.
Embora tenham se cruzado nos corredores do evento, Amorim e González se limitaram a trocas de cumprimentos, conforme relatou o líder opositor.
“Ele estava muito ocupado com suas reuniões. Infelizmente, não tive a oportunidade de conversar com ele”, disse González, acrescentando que já se encontrou com Amorim em outras ocasiões ao longo do ano e espera poder conversar antes do fim da conferência.
A última reunião entre ambos ocorreu durante a visita de Amorim a Caracas para acompanhar as eleições de 2024.
Vários países já reconheceram Edmundo González como o vencedor das eleições de 28 de julho. Entre eles estão Estados Unidos, Argentina, Uruguai, Equador, Israel, Costa Rica, Peru, Paraguai, Panamá e Canadá.
Leia também: Celso Amorim, persona non grata na Venezuela?
Amorim e Venezuela
Desde que o Brasil bloqueou o convite para a ditadura da Venezuela integrar o grupo de parceiros do Brics, Nicolás Maduro tem lançado petardos contra Lula e o assessor especial Celso Amorim.
Em comunicado oficial, Amorim já foi chamado de mensageiro do imperialismo americano e agente da CIA.
Maduro já mandou Lula tomar chá de camomila, depois que o presidente disse ter ficado assustado com declarações do ditador, ameaçando um banho de sangue no país caso perdesse a eleição de 28 de julho.
Em momento algum o governo brasileiro, porém, condenou a fraude eleitoral ou reconheceu a vitória do opositor Edmundo González Urrutia.
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Comentários (6)
ALDO FERREIRA DE MORAES ARAUJO
19.02.2025 10:46Adoro a "imparcialidade" de Lula, mesmo levando uns cascudos do ditador, coloca a embaixadora do Brasil em Caracas como representante do Brasil na "posse" do ditador e não permite que seu "segundo chanceler" (ou será o primeiro mesmo apesar do nome do cargo) encontre-se com o opositor e verdadeiro vencedor da eleição na Venezuela. É muita sabujice.
Andre Luis Dos Santos
16.02.2025 15:24Da pra esperar algo diferente de um CANALHA desses?
Marian
16.02.2025 11:52Parece receio não?
Amaury G Feitosa
16.02.2025 10:55As ameaças do amigo ditador assassino fazaem o devido efeito mesmo que jamais este nanico ridículo que representa o país apenas nos enverginhe e humilhe internacionalmente, se Lula é tão macho por que não peita o colega ditador velhaco me ladrão? medo de que cumpra a ameaça de informar ao mundo como as urnas indevassáveis orgulho do patropi foram fraudadas? Besteira só retarda o fato pois Trump já disse que o fará e o ELEIÇÃO NÃO SE GANHA, SE TOMA será mostrada ao mundo como também dirá o nome do mandante do assassino de Bolsonaro e finalmente saberão o que realmente ocorreu neste galinheiro que chamam república democrática.
CARTER K ROBERTO
16.02.2025 09:47O amante da democracia defende ditadura e terroristas
Marcia Elizabeth Brunetti
16.02.2025 09:26É uma múmia acéfala mesmo esse Amorim. Tem ter um caso de amor com Lula. Brasil apoiando a Ditadura e o terrorismo. Só podemos desejar que o Descondenado volte para a cadeia, seja impeachment, se acidente a ponto de não poder mais utilizar seus dois neurônios. Só assim para almejarmos novamente um alinhamento com quem nos fará crescer.