Candidato à reeleição, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), usou a biblioteca de uma escola pública como estúdio de gravação para sua campanha na semana passada. De acordo com a Folha de S. Paulo, ele reuniu alunos e funcionários do Colégio Amaro Cavalcanti, no Largo do Machado, numa roda de conversa.

A lei eleitoral não permite que agentes públicos usem bens do Estado em benefício de candidatos. Além disso, a utilização do serviço de servidores para comitês de campanha é proibida. A pena prevista é multa de até R$ 400 mil, e o responsável fica sujeito à cassação do registro de candidatura ou do diploma.

De acordo com a reportagem, na manhã da última sexta (12), quando Castro (foto) chegou à escola, foi vaiado e alvo de gritos de “bandido” e “fora, Bolsonaro”. O governador, que conta com o apoio do presidente, foi direto para a biblioteca.

Segundo o jornal, Castro negou irregularidades na gravação. “Se o jurídico da campanha autorizou, com certeza é [legal]”, disse. “Eles [servidores] não ajudaram a campanha em nada. Não pediram voto. Foi só uma gravação”, acrescentou.