A carta de demissão assinada por Abraham Weintraub não tem a data de quando foi escrita ou enviada.

O Antagonista obteve hoje o texto da carta, pedido por meio da Lei de Acesso à Informação em 24 de junho.

“Solicito a minha exoneração do cargo de Ministro de Estado da Educação, a contar de 19 de junho de 2020”, escreveu Weintraub. Não está escrito quando ou onde a carta foi redigida.

Uma anotação à caneta mostra que a carta foi recebida pela Secretaria-Geral da Presidência no dia 20, um sábado.

Apesar de a carta dizer “a contar de 19 de junho de 2020”, o Diário Oficial publicou a exoneração no dia 20, em edição extra, quando Weintraub já estava na Flórida. Com status de ministro, ele poderia ter driblado a quarentena imposta pelo governo Trump a viajantes oriundos do Brasil.

Apenas em 23 de junho, uma terça-feira, o Diário Oficial trouxe uma ‘retificação‘, afirmando que a exoneração passou a valer no dia 19.

Weintraub anunciou que deixaria o cargo em 18 de junho, o mesmo dia em que Fabrício Queiroz foi preso na chácara de Frederick Wassef em Atibaia.