Carlos Graieb, na Crusoé: “Pecados da língua”
Em artigo para a edição desta sexta (4), Carlos Graieb (foto) fala sobre o poder da palavra e analisa discursos de Bolsonaro e Lula nestas eleições...
Em artigo para a edição desta sexta (4), Carlos Graieb (foto) fala sobre o poder da palavra e analisa discursos de Bolsonaro e Lula nestas eleições.
“A língua já foi considerada um dos órgãos mais perturbadores do corpo humano. Todas as palavras que um homem pronunciava eram atribuídas a ela. Por isso, no século XII, proliferaram na Igreja católica os tratados que catalogavam e analisavam não os pecados da boca ou da palavra, mas os pecados da língua, tais como a blasfêmia, a mentira, a adulação, a zombaria, a jactância, a tagarelice ou a discórdia.
Quatrocentos anos mais tarde, os sábios continuavam preocupados com a língua. Erasmo de Roterdam, exemplo máximo de humanista, hoje conhecido principalmente pelo tratado satírico Elogio da Loucura, dedicou um livro inteiro a esse “pequeno órgão flácido” que, no entanto, tem o poder da vida e da morte, como dizem os Salmos. Na mesma época, pululavam obras com títulos como O Veneno da Língua, O Comando da Língua e A Língua Domada…”
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