A proximidade do candidato do PL à prefeitura de Manaus, Capitão Alberto Neto, com senadores alinhados ao petismo tem sido explorada por adversários do deputado federal nesta reta final de primeiro turno.

O vínculo foi relatado, inclusive, ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que desembarca na capital do Estado neste sábado para um ato de campanha do PL.

Em 2018, o senador Omar Aziz (PSD) – aliado histórico de Lula – foi um dos fiadores da eleição de Alberto Neto, com doações da ordem de R$ 18,5 mil em serviços ao candidato como compartilhamento de aeronave e produção de programas eleitorais.

Aziz, depois disso, se tornou um dos maiores críticos de Jair Bolsonaro ao longo da pandemia de Covid. Ele foi o presidente da CPI da Covid que investigou o ex-presidente e pediu o indiciamento do ex-chefe de Poder Executivo por nove crimes: prevaricação; charlatanismo; epidemia com resultado morte; infração a medidas sanitárias preventivas; emprego irregular de verba pública; incitação ao crime; falsificação de documentos particulares; crime de responsabilidade e crimes contra a humanidade.

A doação de Aziz tem sido explorada na campanha eleitoral de Roberto Cidade, candidato do União Brasil, que tem como vice o Coronel Menezes, do Progressistas de Ciro Nogueira, para desgastar Neto. O senador ganhou um direito de resposta no programa de Cidade após a exposição dessa doação.

Para tentar atrair o eleitor bolsonarista, Menezes chamou Alberto Neto de “oportunista” por buscar apoio de Bolsonaro ao mesmo tempo que tem mantido relações com aliados do presidente Lula. Em suas redes sociais, Alberto Neto afirmou que “não há qualquer possibilidade de ter vínculo com o senador Omar Aziz”.

Mesmo diante do possível constrangimento, Bolsonaro não desmarcou a motociata marcada para este sábado. Neto tem tido como bandeira a segurança pública, mas as principais pesquisas de intenção de voto, neste momento David Almeida do Avante lidera as intenções de voto e há uma briga pela vaga no segundo turno justamente entre Neto e Cidade.