Câmara do MPF pede que Aras crie plano de transição antes de acabar com forças-tarefa
A 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF (5ª CCR) pediu que o PGR, Augusto Aras, defina um plano de atuação antes de acabar com as forças-tarefa. Em documento enviado a Aras ontem, o órgão requereu que o procurador-geral mantenha os grupos em funcionamento por pelo menos mais seis meses e permita que eles apresentem um plano de transição de 60 dias antes de encerrar suas atividades...
A 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF (5ª CCR) pediu que o PGR, Augusto Aras, defina um plano de atuação antes de acabar com as forças-tarefa.
Em documento enviado a Aras ontem, o órgão requereu que o procurador-geral mantenha os grupos em funcionamento por pelo menos mais seis meses e permita que eles apresentem um plano de transição de 60 dias antes de encerrar suas atividades.
A 5ª Câmara também pediu que Aras assegure o funcionamento das forças-tarefa com verba e recursos humanos enquanto as discussões sobre um novo modelo de combate à corrupção é construído dentro do MPF.
Os integrantes da 5ª CCR se preocupam com os recentes movimentos da cúpula do MPF de interferir na forma de trabalho das forças-tarefa, especialmente da Lava Jato.
O requerimento cita a criação de uma unidade nacional de combate ao crime à corrupção e ao crime organizado (Unac), que seria diretamente subordinada à PGR. A ideia está em discussão no Conselho Superior do MPF e tem apoio de Aras.
No documento enviado ao procurador-geral, a 5ª CCR pediu que Aras permita ao MPF amadurecer alguma nova forma de se organizar para tocar investigações e processos relacionados à corrupção.
Diz o documento:
“As medidas restritivas adotadas pela administração superior, quando não acompanhadas de um novo modelo de atuação (que pode ocorrer com o amadurecimento do Anteprojeto de criação da UNAC ou a absorção paulatina do acervo pelas unidades), importam em prejuízo manifesto às estratégias institucionais consolidadas de combate à corrupção e à improbidade administrativa, com riscos de solução de continuidade”.
Durante live com advogados lulistas ontem, Augusto Aras disse que pretendia acabar com o que chamou de “lavajatismo”: a organização em forças-tarefas não subordinadas à PGR.
Na conversa, ele disse que a Lava Jato criou “caixas de segredos” em relação ao que investigava. O procurador-geral conseguiu autorização do presidente do Supremo, Dias Toffoli, para copiar todos os arquivos do banco de dados da Lava Jato.
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