A tecnologia de drones tem evoluído significativamente ao longo dos anos, e o Brasil não fica atrás nas inovações que incorporam novas capacidades a essas aeronaves não tripuladas. Atualmente, o país se prepara para dar um grande salto no campo militar com a introdução de drones armados, uma novidade para o arsenal brasileiro que até então possuía apenas drones de monitoramento.

O modelo Nauru 1000C, desenvolvido pela empresa brasileira Xmobots, é o protagonista dessa transformação. Inicialmente projetado para vigilância, o drone passou por adaptações e agora, segue evoluindo para incluir funcionalidades de combate. Giobani Amiant, fundador e CEO da Xmobots, compartilhou algumas linhas sobre o desenvolvimento gradual da versão armada do drone, cujo primeiro protótipo de ataque foi apresentado em 2023.

Qual é a nova capacidade dos drones Nauru 1000C?

Segundo informações da Xmobots, o Nauru 1000C, que teve sua primeira versão de monitoramento entregue ao Exército em 2022, está em processo para se tornar o primeiro drone brasileiro a disparar mísseis. Está projetado para ser armado com dois mísseis Enforcer Air, desenvolvidos pela companhia europeia MBDA. Esses mísseis são eficazes contra veículos de blindagem leve e podem atingir alvos a até 8 km de distância.

Como estão sendo conduzidos os testes para a integração do Nauru 1000C armado?

O projeto segue um calendário rigoroso de desenvolvimento. Após a introdução e adaptação dos mísseis ao drone em 2023, a fase de testes tem alcançado avanços significativos em 2024. Espera-se que, até 2025, ocorra a integração final e o Nauru 1000C seja completamente operacional e apto a realizar disparos eficientes. Até o momento, foram realizados apenas testos com protótipos para integrar as armas na aeronave, simulando efeitos na dinâmica e estabilidade do veículo aéreo.

O panorama internacional dos drones de combate e a posição do Brasil

Em um levantamento feito pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, mais de 40 países ao redor do mundo já possuem drones de combate em seus arsenais militares. Na América Latina, por exemplo, a Venezuela se destaca ao lado do Brasil no avanço dessa tecnologia. O Nauru 1000C coloca o Brasil em uma posição importante no mapa global de nações que desenvolvem e implementam tecnologías autônomas avançadas no setor militar.