Bolsonaro: viagem para Israel com escala no STF
Com passaporte apreendido, Bolsonaro pedirá autorização ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, para ir a Israel
Enquanto Lula (PT) insiste em chamar o governo israelense de genocida e comparar a ofensiva militar em Gaza ao Holocausto de judeus na Segunda Guerra Mundial, Jair Bolsonaro (PL) planeja visitar Israel.
O ex-presidente afirmou na sexta-feira, 8, durante evento em Salvador, que pedirá autorização ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para viajar a Israel, a convite do primeiro-ministro israelenses, Benjamin Netanyahu.
Segundo Bolsonaro, ele foi convidado para visitar “aquela região do conflito, ou melhor, do massacre, da covardia, do terrorismo praticado em Israel. Praticado pelo Hamas contra Israel”.
À CNN Brasil, Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência e advogado de Bolsonaro, disse que a petição ao Supremo terá data de ida e de volta e de volta do ex-presidente, assim como a programação da viagem.
Se for autorizado a ir a Israel, Bolsonaro deve visitar familiares de reféns e ir aos locais dos ataques terroristas de 7 de outubro de 2023.
Passaporte apreendido
Como mostrou O Antagonista, o passaporte de Jair Bolsonaro foi entregue à Polícia Federal em 8 de fevereiro em Brasília, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-presidente foi um dos alvos da Operação Tempus Veritatis.
Além de Bolsonaro, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e os ex-ministros Anderson Torres, Walter Braga Netto e Augusto Heleno também foram alvos da Polícia Federal.
Dois ex-assessores de Bolsonaro foram presos. São eles: Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens, e Filipe Martins, ex-assessor internacional da Presidência.
A defesa de Bolsonaro alegará que não há elementos que justifiquem a apreensão do documento e que Bolsonaro tem diversos convites para eventos e atividades no exterior.
Lula é persona non grata em Israel
O convite de Netanyahu a Bolsonaro ocorreu após o presidente Lula ter sido declarado persona non grata em Israel.
Em visita ao memorial do Holocausto, onde se reuniu com o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer em 19 de fevereiro, o ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, disse que o presidente brasileiro fez um “ataque antissemita grave” e que ele é persona non grata em Israel até que retire o que disse, referindo-se à comparação entre a ofensiva militar de Israel em Gaza ao Holocausto.
“Não esqueceremos nem perdoaremos. É um ataque antissemita grave. Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel – digam ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que o retire”, afirmou o ministro israelense.
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