Bolsonaro suspende motociatas para se blindar de acusações de propaganda eleitoral antecipada
Aconselhado pelo núcleo duro de sua campanha à reeleição - leia-se o ministro Ciro Nogueira e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto -, Jair Bolsonaro resolveu suspender a realização de motociatas pelo Brasil...
Aconselhado pelo núcleo duro de sua campanha à reeleição – leia-se o ministro Ciro Nogueira e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto -, Jair Bolsonaro resolveu suspender a realização de motociatas pelo Brasil.
Neste ano, o presidente da República já recebeu convites para participar de eventos em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Tocantins e Amapá.
Mas, para se se blindar de acusações de propaganda eleitoral antecipada por promover eventos de caráter eleitoreiro, Bolsonaro resolveu interromper as motociatas até ter o aval de advogados em direito eleitoral.
A decisão foi tomada hoje à tarde, em reunião com o núcleo duro de sua campanha eleitoral, no Palácio do Planalto. Além de Ciro Nogueira e Valdemar Costa Neto, participaram do encontro o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN).
Hoje, em conversa com apoiadores na volta ao Palácio da Alvorada, um correligionário reforçou o convite para realizar um evento no Amapá, mas recebeu um “não” do presidente como resposta.
“Ei, Bolsonaro, faz uma motociata no Amapá?”, disse o apoiador.
“Vou dar uma ‘seguradinha’, está meio… Vou dar uma ‘seguradinha’ por enquanto aí”, disse o chefe do Poder Executivo.
Ano passado, Bolsonaro fez 13 motociatas pelo país, como forma de demonstrar força política em estados como: Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e Paraná. Segundo levantamento da Folha de S. Paulo, os eventos custaram pelo menos R$ 5 milhões aos cofres públicos.
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